A cachaça é o destilado mais antigo das Américas (mais velho que a tequila, pisco e rum) e o terceiro mais consumido no mundo, ficando atrás do Soju e da Vodka, com produção anual de 1,5 bilhão de litros e cerca de 4 mil marcas ativas registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de todas as regiões do país.
Legalmente falando, a cachaça é a destilação do mosto fermentado de cana de açúcar, com graduação alcoólica entre 38 e 48%. Repetindo, de CANA DE AÇÚCAR. Portanto, não existe aquela cachacinha de banana, de jabuticaba, de butiá, de canela ou de qualquer outra coisa. Esses produtos variados são bebidas mistas ou licores, feitos geralmente através de infusões, tendo como base a nossa cachaça. Antes estigmatizada como bebida barata e de qualidade questionável, que precisava ser bebida em um único gole além de precisar queimar a sua garganta, agora o destilado símbolo nacional mudou de patamar.
Com muito estudo, muita pesquisa e treinamento a cachaça ganhou qualidade sensorial, requinte e passou a frequentar podiums mundiais. No Concurso Mundial de Bruxelas, por exemplo, a cachaça não para de pendurar medalhas em seu gargalo, disputando de igual para igual e por muitas vezes superando os destilados mais famosos do globo.